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por Prof. Ms. Adm. Wanderley Freitas

As empresas sobrevivem dos seus processos (produzir, vender, faturar etc), devem funcionar de modo eficiente todos os dias para permanecerem lucrativas e gerar fluxo de caixa. Porém, para conquistarem um crescimento sustentado e, portanto, a longevidade, elas necessitam desenvolver, simultaneamente com seus processos, uma série de atividades que lhes garantam sua existência no futuro, ou seja, devem implementar projetos.
 

Cada vez mais as empresas são obrigadas a gerenciar um portfólio de projetos e não somente a simples operação de seus processos. Para atender essa necessidade, as organizações estão aplicando o gerenciamento de projetos para atingir objetivos estratégicos; daí a obrigatória presença das competências e da função de gerente de projetos, únicos capazes de garantir a implementação de iniciativas com sucesso.
 

De onde surgem os projetos? Os projetos surgem das necessidades de mudanças e aproveitamento de oportunidades e, são fundamentais para permitir que novos “saltos” sejam dados na empresa, como por exemplo: ganhos de produtividade, geração de inovação, atendimento de requisitos legais, oportunidade ou necessidade estratégica de negócio etc.
 

Como sabemos, projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único. Caracteriza-se por ser finito, complexo, não homogêneo e não repetitivo e, considera como seus termos de referência o prazo, o preço (orçamento), a performance (desempenho técnico) e perigos (riscos). Como exemplos de projetos, temos: realizar a mudança para uma nova fábrica, desenvolver um novo produto/serviço ou tecnologia, criar a logomarca de um negócio, reestruturar uma empresa entre outros.
 

O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas para atingir o objetivo do projeto, sendo realizado por meio da integração de uma série de atividades. Sua aplicação não se restringe, apenas, à realização de projetos específicos e isolados; as organizações estão aplicando o gerenciamento de projetos para atender necessidades estratégicas, transformando-as em organismos dinâmicos.
 

O atual cenário dos negócios exige das empresas maior velocidade, flexibilidade e consistência na implantação de suas estratégias. Os projetos são meios de organizar atividades que não podem ser tratadas dentro dos processos normais da empresa e, portanto, frequentemente utilizados como um meio de atingir objetivos definidos no planejamento estratégico. Assim, os objetivos da empresa são traduzidos em estratégias, e estas são implementadas por meio de projetos.
 

Conforme pesquisas da Harvard Business School e práticas das empresas bem-sucedidas, projetos precisam de equipes especiais para desenvolvê-los e, portanto, não é recomendável delegar as equipes de processos a execução de tais projetos. A aplicação adequada do gerenciamento de projetos mantém uma interface com a gestão dos processos. Esta interface visa estabelecer uma rotina sistematizada para alocação e dimensionamento de recursos de forma a manter o desempenho dos processos em níveis aceitáveis e, ao mesmo tempo, alocar recursos para os projetos. Evitando com isto a competição por recursos e a indesejável escolha entre a eficácia do projeto ou a excelência da operação.